TRF mantém decisão que devolveu título de doutorado à reitora da Ufersa

Imagem: Reprodução

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede em Recife (PE), confirmou nesta quinta-feira, à unanimidade, a liminar do desembargador federal Edvaldo Batista da Silva Júnior que mandou a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) devolver o título de doutora à reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), professora Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira.

A decisão do colegiado ainda não foi publicada, mas a assessoria de comunicação da Corte confirmou ao Jornalista Saulo Vale, por meio de nota.

Prezado Saulo,

O processo foi julgado na 1ª Turma de Julgamento do TRF5 e o colegiado deu provimento ao agravo, suspendendo a decisão administrativa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), bem como todos os atos administrativos decorrentes dela, mantendo o título de doutora de Ludimilla Serafim Carvalho de Oliveira.

Atenciosamente,

Divisão de Comunicação Social do TRF5

Em suma, a decisão desta quinta-feira confirmou a liminar que devolveu o título a Ludimilla até que todos os recursos judiciais sejam julgados em todas as instâncias, para que não ocorra “prejuízo irrecuperável” à reitora.

A defesa da reitora é feita pelo advogado Marcos Lanuce.

Entenda

Em 3 de junho de 2023, a UFRN cassou o título de doutora de Ludimilla ao aceitar uma denúncia de plágio, feita em 2020, na sua tese de doutorado. Ela entrou com recursos administrativos, que foram todos negados pela instituição e recorreu à Justiça.

Enquanto isso, em 31 de julho, o Conselho Universitário (Consuni), onde a oposição tem maioria, aprovou a destituição da reitora alegando que o estatuto da Ufersa só permite doutores no cargo mais alto da instituição.

O caso foi enviado para o ministro da Educação Camilo Santana, que não chegou a tomar uma decisão, porque em 24 de agosto houve a decisão monocrática do TRF que retomou o título a Ludimilla de forma imediata, até que todos os recursos fossem exauridos. A liminar, consequentemente, derrubou a votação do Consuni.

*Com informações do Blog Saulo Vale

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