O presidente Jair Bolsonaro assinou, na manhã desta terça-feira (30), sua filiação ao PL, em solenidade em Brasília. No discurso, Bolsonaro falou sobre os planos da legenda, enalteceu o nome de Tarcísio de Freitas para o Governo de São Paulo e pediu que os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Fábio Faria, das Comunicações, entrem em acordo no Rio Grande do Norte.
Em solenidade com grande presença de políticos, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, enalteceu o momento do PL no cenário político nacional e também as ações de Bolsonaro no comando do Governo Federal. Costa Neto definiu o Auxílio Brasil como “o maior programa social do mundo” e destacou também ações do Executivo, como o marco do saneamento, transposição do São Francisco, crescimento do agronegócio e socorro financeiro aos estados e municípios durante a pandemia.
Antes de discursar, Bolsonaro solicitou uma oração ao deputado Marco Feliciano, que estava acompanhando a solenidade. Em seguida, o presidente começou seu discurso em tom conciliar, falando sobre a alegria de estar no PL, na disputa que aconteceu entre membros do PP para levá-lo à legenda e também acerca dos planos para a legenda.
“Eu e Valdemar não somos pessoas que vamos dividir tudo sozinhos. Nós querendo compor e, com essa composição, fazer as melhores escolhas para o Brasil”, disse.
Mesmo afirmando que não estava lançando candidaturas, Bolsonaro citou o nome do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, dando a entender que ele seria candidato em São Paulo. Essa candidatura, inclusive, seria uma das condições para o seu ingresso no PL. “Tarcísio não é meu ministro, é ministro do Brasil. Uma esperança enorme para o nosso querido estado de São Paulo”, disse o presidente.
O Rio Grande do Norte também tomou parte do discurso do presidente. Com dois ministros potiguares disputando a preferência de Bolsonaro para concorreram à única vaga ao Senado Federal, Bolsonaro citou Romário, presente ao evento, dando a entender que uma disputa enfraqueceria o projeto eleitoral do grupo.
“O nosso querido Rogério Marinho que, com toda certeza, chegará a bom termo no Rio Grande do Norte com Fábio Faria. Não vamos ter problema no Rio Grande do Norte. Não podemos ter dois Romários no Rio Grande do Norte. Se fosse só um, estava resolvido. Com dois fica difícil”, disse o presidente.
Rogério Marinho é um dos políticos que assina hoje a filiação ao PL juntamente com o presidente Jair Bolsonaro. Já Fábio Faria deve se filiar ao PP do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil). Os dois mantêm as pré-candidaturas ao Senado pelo RN.
Senado
Fábio Faria disse que o presidente afirmou que não vai interferir na disputa do grupo no Rio Grande do Norte. O ministro das Comunicações declarou que Rogério Marinho está no direito dele de também buscar o Senado Federal. “Mas [a definição] vai ser no momento adequado.
O presidente já deixou claro que não vai se meter nesse assunto”, disse Fábio Faria, durante entrevista à TV Ponta Negra. Segundo Fábio Faria, “qualquer notícia que sair em relação a isso [uma preferência de Bolsonaro] é mentira”.
“Ele [o presidente] já falou para mim e para Rogério que isso é um assunto de nos dois. Disse: ‘vocês se entendam, sentem para conversar e decidam. Eu não vou me meter, são dois ministros que gosto’. Ele não vai tomar partido”, acresentou.
O presidente disse, segundo Fábio Faria, que “os dois têm condições de construir esse caminho e lá na frente ver quem está em melhores condições de vencer, “até porque o nosso adversário é um só, derrotar o governo do PT no Estado, sou adversário político ferrenho da governadora Fátima e vamos estar e unidos no ano que vem para montar uma chapa forte de oposição no Estado”.
Tribuna do Norte