O momento da pandemia no Rio Grande do Norte, com alta de casos e aumento de mortes em janeiro em relação a dezembro, faz com que o Estado registre a maior taxa de transmissibilidade em toda a pandemia. O índice, segundo dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS/UFRN) é de 1,96.
“Não temos tido tantos óbitos quanto o número de casos. Temos uma baixa letalidade graças a vacinação. Temos uma letalidade abaixo de 0,5 e isso é muito bom, mas precisamos ainda avançar na vacinação, porque ainda temos visto número de óbitos em idosos e sem esquema completo de vacinação, incluindo a D3”, analisa Diana Rêgo.
O aumento nos casos de covid 19 fez com que o Governo do Rio Grande do Norte passasse a exigir o passaporte vacinal para ingresso em shoppings, bares e restaurantes fechados, visando o aumento da vacinação. Além disso, carnavais de vários municípios do Estado, como Natal, Parnamirim, Macau e Caicó, foram cancelados em razão do aumento de casos e da variante Ômicron.
Profissionais afastados
O aumento de casos de covid 19 e o surto de gripe com o novo vírus da Influenza (H3N3) em todo o Estado provocou afastamentos de profissionais de saúde na rede pública do Rio Grande do Norte em janeiro. No último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública, consolidado até o dia 12 de janeiro, foram 180 licenças médicas temporárias concedidas.
No boletim, são citados os hospitais da Polícia Militar, Tarcísio Maia, Santa Catarina, Rafael Fernandes, Maria Alice e João Machado, além do Hemonorte e do Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador da Sesap.
O Hospital da PM foi o que registrou mais afastamentos (44, ao todo), sendo 16 por Covid e outros 28 por síndrome gripal. O Hospital João Machado aparece em seguida, com 28 afastamentos, sendo 18 por sintomas gripais.
Números:
- Casos em janeiro:
38.644 - Óbitos em janeiro
134 - Casos em dezembro:
5.499 - Óbitos em dezembro:
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Tribuna do Norte