Com o passar dos anos o corpo feminino passa por inúmeras transformações que vão desde a puberdade, com o desenvolvimento das mamas e primeira menstruação; na fase adulta, como a sexualidade e gravidez, e quando chegam aos 40, o qual o físico tem outros comportamentos com as mudanças hormonais, redução do metabolismo, perda da densidade óssea e perda de massa muscular.
Para a médica endocrinologista Bruna Manes Laudano, da Clínica Manes Vilela, essa fase requer uma atenção especial para a manutenção da qualidade de vida, visto que ela está próxima da menopausa que é a partir dos 45 anos. “Perto da chegada desse ciclo, a mulher já começa a ter uma redução não só da testosterona, mas também do estrogênio e da progesterona”, afirma a especialista, que também acrescenta.
“O estrogênio baixo é o responsável pela maior parte dos sintomas causados pela menopausa, que seriam os fogachos (ondas de calor), ressecamento vaginal e da pele, perda óssea acentuada, afinamento capilar e alterações do sono, principalmente, aquela perda de madrugada. Tudo isso impacta diretamente na qualidade de vida dessa mulher que na verdade ainda é muito jovem”, completou.
Outro ponto que a médica pondera são as mudanças de humor. Diante das alterações dos hormônios, a mulher pode sofrer essas oscilações de maneira corriqueira, podendo levar à depressão. Bruna fala que isso está associado “à progesterona baixa que é ligado com a estabilidade emocional que algumas mulheres também sentem”.
Entretanto, segundo a especialista, o corpo feminino começa a apresentar os efeitos de mudança a partir dos 30 anos. “Conforme os anos se passam e a mulher vai se aproximando do climatério e do período provável de menopausa, ela vai percebendo cada vez mais uma baixa na sua qualidade de vida, observando o ganho de gordura de uma forma mais fácil, afinamento capilar, o que irá reduzir a auto estima”, disse.
“Ela também pode começar a sentir a redução da libido – que é a falta de desejo sexual -, ter dificuldades de lubrificação vaginal e, com isso, passar a sentir dores durante a relação sexual”, acrescenta.
Modulação hormonal, exercícios físicos e alimentação de qualidade são aliadas
No entanto, é possível equilibrar esses hormônios no organismo feminino e devolvê-la a qualidade de vida? Sim, e as dicas que a médica endocrinologista sugere estão associadas, primeiro, a mudanças no estilo de vida. “É aconselhável que a mulher tenha uma alimentação mais saudável, menos rica em açúcar e farinhas. Isso irá reduzir o impacto do envelhecimento cutâneo e o ganho de gordura. Além disso, é preciso praticar exercícios físicos com regularidade, aliados à modulação hormonal”, finalizou.
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