Em reunião realizada na última segunda feira (07), o Comitê de Especialistas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) sugeriu novas recomendações diante da apresentação das tendências e estratégias de controle da Covid-19.
Diante do cenário, com baixa taxa de ocupação dos leitos de UTI, chegando a 29% no estado, além da estabilidade de casos confirmados e diminuição do número de óbitos diários, o Comitê Científico fez suas recomendações que servirão de base para as tomadas de decisões do Governo do Rio Grande do Norte no próximo decreto.
Entre as recomendações estão, entre outras, a manutenção do passaporte vacinal, estímulo à vacinação das crianças de 5 a 11 anos, busca ativa da população que está atrasada em relação à segunda e terceira doses ou que ainda não foi vacinada, além de tornar facultativo, a partir de 16 de março, o uso de máscara de proteção facial em ambientes abertos, mantendo a obrigatoriedade em espaços fechados ou espaços abertos com grandes aglomerações de pessoas.
“O comitê analisou todo o cenário, com redução de casos e da procura por leitos, que possibilita o início da flexibilização do uso das máscaras. Mas, devemos destacar que a exigência do passaporte vacinal continua, que precisamos avançar na vacinação seja de pessoas que não foram convencidas da importância da vacinação, seja as pessoas que não procuraram os postos de saúde para tomar a terceira dose, seja os jovens onde a gente também precisa aumentar essa cobertura”, disse o secretário de saúde Cipriano Maia.
Durante a reunião, pontos importantes como a segurança da vacina, manutenção dos cuidados coletivos e a vigilância foram norteadores para as novas recomendações. “Precisamos ainda estar atentos às pessoas com sintomas respiratórios, que tem que ficar em isolamento, se sair para situações extremas, tem que usar máscara. Isso é responsabilidade, é cuidado com o outro, é cuidado com o coletivo. A gente quer que a população tenha consciência de que essa situação confortável precisa ser mantida. E pra ser mantida, todos nós, autoridades, profissionais de saúde e população tem que manter essa atitude responsável de se proteger e proteger os outros”, disse o secretário de saúde.
RECOMENDAÇÕES
Fazem-se necessárias medidas para que o cenário epidemiológico não evolua para um quadro de piora:
1) Exigir nos estabelecimentos públicos e privados o certificado de vacinação (ou documento similar), constando a aplicação das três doses para sua validação. Exceção nos casos (grupo etário) em que a terceira dose ainda não for aplicável;
2) Iniciar a campanha de vacinação da D4 para idosos a partir de 60 anos e intensificar a campanha da D4 dos imunossuprimidos, que começou em janeiro;
3) Os estabelecimentos de ensino da educação básica devem estimular pais e responsáveis a vacinar suas crianças e adolescentes e contribuir como local de vacinação de seus educandos, sobretudo com a retomada das atividades escolares das redes estadual e municipal;
4) Os estabelecimentos de ensino da educação básica e superior devem adotar as normativas de biossegurança na retomada de suas atividades. Alunos e servidores com sintomas não devem ir aos estabelecimentos de ensino, mantendo isolamento por 10 dias. Crianças sintomáticas cujos pais não podem mantê-las em isolamento em casa, devem ficar em sala separada dos demais estudantes no período de aula, durante o período de transmissão;
5) Reforçar o protocolo de gestantes e puérperas para Covid-19 e influenza no RN
6) Realizar busca ativa da população que está atrasada em relação à segunda e terceira doses ou que ainda não foi vacinada;
7) Reforçar a informação de que os grupos vulneráveis para desenvolver formas graves e morte continuam sendo os idosos, imunosuprimidos, gestantes e crianças e devem ser desenvolvidas atividades de proteção para esses grupos, assim como fluxo de atendimento direcionados, minimizando os riscos de contaminação nos pronto-atendimentos;
8) Retomar atividades remotas para todos os sintomáticos e grupos de risco (idosos, gestantes etc);
9) Promover testagem ampliada de todos os sintomáticos e testagem populacional estratificada;
10) Tornar facultativo, a partir de 16 de março de 2022, o uso de máscara de proteção facial em ambientes abertos, mantendo a obrigatoriedade em espaços fechados ou espaços abertos com grandes aglomerações de pessoas;
11) Reforçar o uso de máscaras faciais nos transportes públicos;
12) Reforçar a comunicação acerca de que todo paciente sintomático respiratório deve realizar o distanciamento social e usar a máscara.