Papa Francisco reforça a importância de uma Liturgia viva

Imagem: GIACOMO MORINI/ Shutterstock

Em audiência realizada na última quinta-feira (01), o Papa Francisco falou aos membros daAssociação Italiana de Professores e Cultores de Liturgia, por ocasião do jubileu de ouro de sua fundação.

Segundo o Papa, é indispensável que se mantenha a escuta às comunidades cristãs, para que seu trabalho nunca seja separado das expectativas e necessidades do povo de Deus:

Esse povo, do qual fazemos parte, sempre precisa ser formado, crescer,mas em si mesmo possui esse senso de fé, o sensus fidei, que o ajuda a discernir o que vem de Deus e que realmente o leva a Ele, também na esfera litúrgica”, disse Francisco.

A liturgia é obra de Cristo e da Igreja, e como tal é um organismo vivo, como uma planta que não pode ser transcurada ou maltratada. Não é um monumento de mármore ou bronze, não é uma coisa de museu. A liturgia está viva como uma planta, e deve ser cultivada com cuidado. E também, a liturgia é alegre, com a alegria do Espírito, não de uma festa mundana, com a alegria do Espírito. É por isso que não se entende, por exemplo, uma teologia fúnebre: não funciona. É alegre, porque canta louvor ao Senhor”, finalizou.

O Santo Padre ainda elencou outros aspectos importantes sobre a Liturgia:

• Precisamos ter uma visão elevada, que não se reduza a detalhes, mas que “faça elevar os olhos para o céu”, para sentir que o mundo e a vida são habitados pelo mistério de Cristo e, ao mesmo tempo, mantenha os pés no chão, próxima das pessoas. “Voltar o olhar ao Senhor, sem virar as costas para o mundo”.

• Devemos difundir a riqueza da Liturgia de forma acessível, para que todo fiel, especialmente o jovem, possa crescer no conhecimento vivo, que de fato experimente seus significados teológicos e espirituais.

• Todo conhecimento e evolução na compreensão da Liturgia deve ter sempre suas raízes fixadas na verdadeira tradição, aquela que leva a pessoa adiante naquilo que o Senhor quer.

“Há um espírito que não é o verdadeiro: aquele do retrocesso,que agora está na moda, de se pensar que voltar às raízes é andar para trás. Não! São coisas diferentes. As raízes, como numa árvore, devem levar para cima”.

• Por fim, “a coisa mais importante: que seu estudo da liturgia seja cheio de oração e experiência viva da Igreja que celebra, de modo que a liturgia “pensada” possa fluir sempre, como de uma linfa vital, da liturgia vivida”, disse o Papa. “A teologia é feita com a mente aberta e ao mesmo tempo ‘de joelhos'”, concluiu Francisco.

Fonte: Portal A12

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