Estação meteorológica de baixo custo rende nova patente para a Ufersa

Foto cedida/arquivo pessoal.

A nona patente recebida pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) em um intervalo de apenas quinze meses disponibiliza para a sociedade uma estação meteorológica de baixo custo, acessível para pequenos agricultores da região semiárida. O invento foi registrado como produto inovador pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no dia 20 de agosto, data da publicação da carta patente.

A estação meteorológica foi idealizada pelo estudante Nadison Francisco da Silva durante sua passagem pelo curso de Ciência e Tecnologia no campus de Caraúbas. Num primeiro momento, o discente elaborou um projeto para desenvolver um pluviômetro utilizando materiais recicláveis. Ao ingressar no curso de Engenharia Elétrica, também em Caraúbas, ele passou a contar com a orientação do professor Francisco de Assis Brito Filho e com a colaboração da estudante Nayana Letícia de Morais Viana, hoje aluna egressa da instituição.

“É uma sensação de reconhecimento pelo trabalho bem feito”, comenta o professor Brito sobre o recebimento da patente. “A pesquisa na Universidade precisa ser bem planejada e bem executada, pois os recursos são poucos, e este trabalho cumpriu esta missão”, acrescenta ele. O invento recebeu o nome de “Estação Meteorológica Wireless Compacta Modular” e teve seus primeiros protótipos em impressão 3D produzidos durante a pandemia. Já o depósito do pedido de patente, realizado graças ao apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufersa (NIT), foi realizado em 2021.

À esquerda, modelo em 3D da estação meteorológica criada de baixo custo criada na Ufersa. À direita, um exemplo dos resultados gerados para o usuário. 

Ao longo do desenvolvimento da pesquisa, um projeto de Iniciação Científica foi elaborado pelo professor Francisco Brito e executado no Laboratório de Pesquisas em Microeletrônica e Radiofrequências (LAMERF) do campus de Caraúbas. Foi essa etapa, de acordo com o pesquisador, que proporcionou ao invento “o seu diferencial compacto e modular, além de tecnologias mais modernas que utilizam diversos sensores capazes de monitorar mais de 15 variáveis, juntamente com a capacidade de comunicação sem fio e na nuvem, permitindo sua integração em aplicações atuais, como a Internet das Coisas”.

Outro resultado deste trabalho foi a criação da start-up Agro+, que tem o objetivo de dar continuidade ao desenvolvimento e promover a divulgação da estação meteorológica junto ao mercado. A start-up, de acordo com o professor Brito, já testou a estação meteorológica em diversos cenários e desenvolveu uma plataforma web para monitoramento das informações e integrá-las com a Internet das Coisas. “Além disso, a nossa start-up foi contemplada com edital de inovação tecnológica da IAGRAM, incubadora da Ufersa, e classificada no programa Centelha do SEBRAE”, comemora o docente.

Estação já vem beneficiando pequenos agricultores. Foto cedida/arquivo pessoal.

Fonte: UFERSA

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