Sendo um dos 5 bispos eleitos em Assembleia da CNBB para representar o episcopado brasileiro no Sínodo, o bispo de Santo André (SP), dom Pedro Carlos Cipollini, compartilhou suas visões após a primeira de semana da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que está se realizando, de 2 a 27 de outubro, no Vaticano.
No âmbito da CNBB, dom Cipollini foi nomeado membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé para o mandato de 2011 a 2014, e posteriormente eleito presidente da mesma comissão na Assembleia Geral da CNBB de 2015 para o período de 2015 a 2019, sendo reeleito em 2019.
Grupos de Estudo temáticos
De acordo com o bispo de Santo André (SP), essa segunda sessão começou com uma característica um pouco diferente. “Nós já tínhamos participado da primeira sessão já estávamos ambientados com o clima e o tipo de trabalho. Porém tem uma diferença, por exemplo a criação das 10 Grupos de Estudo sobre as temáticas, pelo Papa, que trabalharão assuntos mais complexos influem porque esses temas não estão sendo discutidos”, avalia.
Segundo dom Pedro, alguns permanecem como linhas mestras da primeira sessão. Por exemplo a sinodalidade como um modo de ser da Igreja, tem que ser implementada com mais força. Ele aponta que existe também a questão da missão: “a Igreja existe para anunciar o Reino de Deus; quer dizer o Reino tem uma Igreja; não é uma Igreja que tem uma missão; é o Reino que tem uma Igreja missionária a seu favor”.
E aponta ainda que permanece a linha de uma Igreja misericordiosa aberta para acolher a todos, todos, como diz o Papa. “Ontem passamos o dia todo ouvindo, o Papa também como nós. Um dia de ouvir os depoimentos pessoais quanto os que trabalharam em grupos”, contou.
O bispo de Santo André aponta ainda que permanece também a linha da iniciação à vida cristã proposta que defendeu nos sínodo. “À medida que tivermos leigos mais conscientes e preparados, nós podemos ter uma Igreja sinodal onde todos participam; são incluídos, porque se tornam e se sentem responsáveis”, reforça.
Dom Cipolini apontou que a questão do clericalismo também permanece com uma questão a ser refletida. “De modo que estamos caminhando por aí; os trabalhos são discutidos e sintetizados no próprio grupo. Além dos círculos menores, temos também as plenárias onde cada um pode se inscrever e falar”, contou.
Fonte: CNBB