Estudo aponta que o desmatamento em grande escala da floresta amazônica, associado às mudanças climáticas, vai aumentar o risco de exposição ao calor extremo, com impacto na sobrevivência da espécie humana. A pesquisa foi feita pela Fiocruz e INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Universidade de São Paulo
Os resultados projetam aumento do risco de estresse térmico na Amazônia Brasileira, com níveis de calor intoleráveis ao corpo humano. Os efeitos serão em escala regional, com os maiores impactos diretos na região Norte do país.
Os pesquisadores alertam que existe um limite de desmatamento da Amazônia, acompanhado por um “efeito extremo na saúde” que deverá deixar, até o ano de 2100, mais de 11 milhões de pessoas dessa região expostas ao risco do calor extremo. Isso porque sob condições ambientais desfavoráveis, que incluem alta exposição à temperatura e umidade, as capacidades de resfriamento do corpo são enfraquecidas, resultando em aumento da temperatura corporal.
A exposição continuada a essas condições pode ocasionar desidratação e exaustão e, em casos mais graves, colapso das funções vitais, levando à morte. Além disso, os pesquisadores alertam que o estresse causado pelo calor pode afetar o humor, os distúrbios mentais e reduzir o desempenho físico e psicológico das pessoas. Outra consequência é o impacto em várias áreas da economia, com a redução da produtividade no trabalho.
Os pesquisadores enfatizam a necessidade urgente de medidas coordenadas para evitar efeitos negativos sobre as populações vulneráveis. E citam que os efeitos locais das mudanças no uso da terra estão diretamente ligados às políticas e estratégias de sustentabilidade das florestas. O estudo enfatiza que essas mudanças estão ao alcance da sociedade.
Edição: Líria Jade editora – da Radioagência Nacional