Referência no tratamento oncológico em Mossoró e região, a Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer vai promover durante este mês de outubro uma triagem gratuita de pacientes com suspeita deste tipo de câncer. Para participar, a paciente deve apresentar exame de imagem realizado pelo menos nos últimos 12 meses, que aponte alguma alteração.
A partir das 13h do dia 15 de outubro, as pacientes podem procurar o Hospital da Liga Mossoroense (antiga Casa de Saúde Santa Luzia) onde serão atendidas. Além do exame de imagem (mamografia, ultrassonografia de mama ou ressonância), a paciente deve levar documento de identificação oficial com foto e o cartão do SUS.
O atendimento será realizado pelo Mastologista da LMECC, Dr. Dennys Fowler, por ordem de chegada, não sendo necessário agendamento prévio. Quem confirmar a suspeita será encaminhado para realizar tratamento na própria Instituição.
Para mais informações ou dúvidas, pode-se entrar em contato com a Central de Atendimento da Liga Mossoroense pelo telefone (84) 3323-7700, acessar o site www.ligamossoroense.org ou o instagram oficial da Instituição @lmecc.solidariedade.
Outubro Rosa
Nos últimos cinco anos, a instituição registrou mais de 700 casos da doença.
Denominado Outubro Rosa, durante todo este mês acontecem campanhas nacionais dedicadas ao diagnóstico precoce e combate ao câncer de mama. Nesse mês de outubro são realizadas ações no intuito de conscientizar as pessoas, principalmente as mulheres, para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer, que já é o segundo em incidência no Brasil, ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma.
“Não podemos evitar que as mulheres tenham câncer. O que a gente pode e deve fazer é trabalhar para que se tenha o diagnóstico precoce o mais cedo possível. O que o outubro rosa trabalha é justamente isso, quanto mais precoce, maior a chance de cura da paciente”, destaca o Mastologista da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), Dr. Dennys Fowler.
Nos últimos 05 (cinco) anos, a Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) tratou aproximadamente 717 novos casos deste câncer em suas Unidades Hospitalares. Enquanto a cidade de Mossoró-RN registrou mais de 200 óbitos decorrentes da causa básica da doença. Esses números ainda podem crescer, pois o ano de 2020 ainda encontra-se em consolidação de dados, ou seja, estão sendo contabilizados os números totais.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o Brasil, no ano de 2021, estima-se que mais de 66 mil novos casos de câncer de mama sejam registrados, com um risco aproximado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Ainda segundo o INCA, o Rio Grande do Norte deve registrar 1.130 novos casos neste ano de 2021, com cerca de 350 sendo detectados na capital do estado, Natal.
“O principal exame de rastreio é a mamografia, que deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos. Antes dessa idade o câncer de mama ainda não é tão frequente, embora a gente já tenha uma incidência bem maior e os estudos estão mostrando isso. A partir dos 35 anos pode-se fazer uma mamografia de base, sendo feito uma e podendo fazer outra, dependendo da densidade da mama e dos fatores de risco da paciente, pode-se solicitar outra”, destaca o médico da Liga Mossoroense.
O Registro Hospitalar de Câncer (RHC) da LMECC aponta que nos últimos cinco anos a faixa etária mais atingida foi entre os 50-54 anos, que registrou 121 novos casos. Em seguida, aparece a faixa etária entre 55-59 anos, que teve 99 casos e, em terceiro lugar, 45-49 anos, com 86 casos registrados. No entanto, outro fator também chama a atenção. Cada vez mais, mulheres jovens estão sendo atingidas pela doença.
“Relativamente raro antes dos 35 anos, ultimamente nesta idade sua incidência tem crescido bastante em nossa realidade local. Após os 50 anos as estatísticas são bem maiores”, frisa Karla Figueiroa, coordenadora do Registro Hospitalar de Câncer da LMECC.
Mesmo com o alto índice de mortalidade, a doença proporciona grandes chances de cura, desde que o tratamento seja iniciado precocemente e seja feito da forma correta. “No tratamento a gente vai ter quatro bases principais. Cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia. A hormoneterapia não é tomar hormônio, mas sim uma medicação feita para bloquear os hormônios. O tratamento depende de caso a caso, sendo trabalhado individualmente. As vezes a paciente precisa dos quatro, outras vezes apenas de um. Lembrando que quanto mais inicial for feito o diagnóstico, menos agressivo será o tratamento e maiores as chances de cura da paciente”, conclui Dr. Dennys.
Fotos: Assessoria de comunicação/LMECC