Há exatos dois anos, em 12 de março de 2020, o Rio Grande do Norte registrava o primeiro caso de coronavírus, um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o início da pandemia no mundo. Nesse período, outras 484 mil pessoas também se infectaram com a doença e mais de 8 mil tiveram suas vidas vidas interrompidas. Hoje, o RN chega ao segundo ano da pandemia com um cenário epidemiológico mais favorável e com o início da desobrigação do uso de máscaras.
Neste ano, a data coincide com o período em que o estado potiguar consegue realizar um controle mais efetivo da covid-19, com a campanha de vacinação em massa e com os índices de hospitalizações reduzidos. De acordo com o Regula RN, plataforma que monitora a situação dos hospitais, o RN uma ocupação geral de leitos críticos de 21,4%. No auge da pandemia, esse percentual se aproximava de 100%.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) contabiliza 16 mil vidas salvas no sistema público de saúde do Rio Grande do Norte durante a pandemia da covid-19. O dado foi registrado pela plataforma Regula RN, nesta sexta-feira (11).
“Esse número de 16 mil vidas salvas nos leitos SUS nos traz um certo alento e mostram a importância do trabalho de todos os envolvidos. São dois anos de um desgaste grande para todos os profissionais envolvidos, que provam seu valor diariamente salvando muitas vidas”, destacou o secretário de Saúde Pública, Cipriano Maia.
A imunização contra covid-19 começou no final de 2020 e a resposta veio rápido. Hoje, a vacinação já alcançou mais de 2,8 milhões de potiguares com pelo menos uma dose, um percentual de mais de 91% da população. “Iremos manter essa situação de uma doença que vai ganhar características endêmicas, por isso ainda é importante a vigilância, a testagem oportuna e o avanço da vacinação, para que tenhamos cada vez mais pessoas protegidas. E, com isso, podermos reorientar os esforços do sistema de saúde para atender outras situações de emergência sanitárias e necessidades essenciais”, acrescentou o secretário CiprianoMaia.
Durante esses dois anos de pandemia, além do distanciamento social implantado em todo o mundo, as máscaras também se tornaram acessórios obrigatórios de proteção para as pessoas. Hoje, com o avanço da vacinação contra covid-19 e o baixo índice de transmissibilidade, o estado já começa a desobrigar esse uso. Na próxima quarta-feira (16), o Governo do Estado prevê decretar oficialmente a desobrigação pelo uso de máscaras de proteção em ambientes abertos. Nesta semana, Natal e Parnamirim já publicaram decretos tornando facultativo esse uso, tanto em espaços abertos quanto fechados dos municípios.
Para o pesquisador Ricardo Valentim, diretor geral do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), o período também foi de aprendizado. “A humanidade aprendeu muito. O desenvolvimento científico e tecnológico no campo da imunização nunca foi tão ágil e célere como nós vimos nesse período de pandemia. E aqui no RN, temos o mesmo reflexo. O estado conseguiu, durante toda essa trajetória – que ainda não terminou – imprimir um processo muito resiliente de resposta. Durante esse período, um dos maiores efeitos disso, de forma mais pragmática, foi a grande cooperação técnica e científica que podemos observar aqui”, ressaltou.