Na última semana, a Faculdade de Direito São Francisco, de São Paulo, publicou uma “carta aos brasileiros e brasileiras em defesa do Estado Democrático de Direito”.
Ela pretende ser um grande grito pela democracia em nosso país, já tendo sido assinada por mais de 500 mil pessoas de todos os níveis, grupos sociais e religiosos, estando agora aberta e já sendo assinada por pessoas em outros países do mundo.
A sociedade civil a acolheu muito bem, pois não se pode desprezar um clamor popular desta monta e representatividade, até mesmo ao saber da sua procedência. Religiosos das mais distintas confissões e Igreja a apoiam e promovem.
A carta pela democracia foi pensada e produzida pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, querendo ser um brado em prol da Defesa do Estado Democrático de Direito, das instituições e das eleições democráticas, tendo o apoio de juristas, políticos e também de banqueiros e empresários. Como era de se esperar, em tempos de fake news, os organizadores estão fazendo um trabalho de filtragem para evitar sabotagem nas assinaturas.
A Faculdade de Direito do São Francisco foi criada em 11 de agosto de 1827, juntamente com a Faculdade de Direito do Recife, sendo as duas mais antigas faculdades de direito do país. Ao longo de quase dois séculos, formou muitas personalidades notórias da história do Brasil, e muitas ainda hoje militam nos mais distintos campos da sociedade. Hoje, ligada à USP, seu curso de direito é considerado o 45º melhor curso de direito do Mundo, o 2º melhor da América Latina e o melhor curso de direito do Brasil.
A carta, com suas palavras bem pensadas e com suas frases bem construídas, resgata momentos importantes da História do Brasil, a partir de 1977, fazendo a defesa entre outros, do estado de direito, da independência dos Três Poderes da República e de nossas instituições mais representativas, clamando pelo cumprimento da Constituição, grande manto legal que cobre a todos nós. E como era de se esperar, defende também a lisura das eleições e a segurança das urnas eletrônicas.
Segundo a carta, no Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários.
A nossa esperança é que seu forte brado chegue a todos os recantos e grupos sociais do Brasil, e sem defender ou acusar este ou aquele candidato, seja ela um facho de luz no escuro túnel pelo qual passamos.
Padre Inácio de Medeiros, C.Ss.R
Diretor da Rádio Aparecida
Fonte: A12